Áreas de Atuação

OBESIDADE

É uma doença crônica cuja prevalência vem aumentando progressivamente nas últimas décadas e com tendência de aumento ainda maior tanto no Brasil , como no mundo, em crianças , adolscentes e adultos . No Brasil, mais da metade da população tem excesso de peso !

A causa da obesidade é multifatorial, resultando da interação de genes, ambiente, microbiota intestinal, estilo de vida e fatores emocionais.

A presença de obesidade aumenta o risco do surgimento de outras doenças como o diabetes, hipertensão arterial, apnéia do sono, doenças articulares, esofagite, esteatose hepática, aumento do colesterol e vários tipos de câncer . Por esses motivos, é fundamental um tratamento seguro, inidividualizado, e eficaz que promova o emagrecimento e, principalmente, sua manutenção a longo prazo.

O sucesso tanto de perda como de manutenção do peso perdido a longo prazo depende de vigilância clínica e atividade física periódica .

Visitas frequentes aos profissionais de saúde , em geral mensais, aumentam o sucesso do tratamento.

CIRURGIA BARIÁTRICA

A obesidade tem sido um grande problema de saúde pública nos últimos anos, sobretudo devido às doenças associadas à ela e ao aumento de sua prevalência.

Para o tratamento da obesidade grave, na falha do tratamento medicamentoso associado a mudanças comportamentais, a cirurgia bariátrica apresenta ótimos resultados.

É indicada para pessoas com índice de massa corpórea (IMC) acima de 40 ou aquelas com IMC a partir de 35, mas que já apresentam doenças associadas ao excesso de peso, como diabetes mellitus ,hipertensão arterial, apnéia do sono e dislipidemias, desde que tenham tido insucesso no tratamento medicamentoso e comportamental.

De um modo geral, as técnicas da cirurgia bariátrica envolvem a redução do tamanho do estômago associadas ou não a um desvio intestinal, as mais utilizadas no Brasil sao : Sleeve ou ByPass Gástrico

O tipo de cirurgia deve ser avaliado e definido caso a caso, mas o seguimento endocrinológico é essencial tanto no pré operatório como no pós operatório a fim de, repor as possíveis deficiências vitaminicas e monitorar o peso .

DIABETES MELLITUS

Diabetes Mellitus representa um grupo de doenças metabólicas, que se caracteriza pela presença de hiperglicemia (aumento da glicose – açúcar – no sangue) . É causada pela incapacidade do corpo de produzir ou usar de forma corretamente a insulina, um hormônio secretado pelo pâncreas.

O excesso de glicose no sangue causa inúmeros danos ao organismo, principalmente olhos, rins, coração e nervos.

Os sintomas mais comuns surgem quando a doença está descompensada e em geral são: emagrecimento rápido, mesmo com fome excessiva, sede excessiva, urina excessiva, infecções freqüentes, tontura.

O diagnóstico é realizado através de exames laboratoriais tais como glicemia de jejum, hemoglobina glicada e teste de tolerância oral a glicose .

O tratamento deve ser avaliado pelo médico endocrinologista, com base na definiçao do tipo de diabetes que o paciente apresenta, sera feita adequacao de dieta, atividade fisica, medicamentos e insulina quando necessário.

DIABETES GESTACIONAL

Diabetes Gestacional é quando a hiperglicemia (glicose aumentada no sangue) aparece pela primeira vez durante a gestação, em geral na segunda metade. Excesso de peso ou história familar de diabetes aumentam o risco de diabetes gestacional.

Todas as gestantes devem ser avaliadas através de exames laboratoriais e curva glicêmica pois podem ocorrer complicações durante a gestação e o parto.

O tratamento inicial é baseado em adequeção alimentar e atividade física, mas em alguns casos o uso de insulina pode ser necessário.

DISLIPIDEMIAS

O colesterol é uma substância encontrada em todas as células no nosso corpo. Ele é essencial para a formação das membranas das células, para a síntese de hormônios desempenhando assim funções essenciais, no entanto, o excesso de colesterol no sangue pode ser prejudicial, aumentando o risco de desenvolver doenças cardiovasculares.

Os principais tipos de colesterol são :

– LDL colesterol: conhecido como “ruim”, ele pode se depositar nas artérias e provocar o seu entupimento.

– HDL colesterol: conhecido como “bom”, retira o excesso de colesterol para fora das artérias, impedindo o seu depósito e diminuindo a formação da placa de gordura.

A avaliacao é feita através de exames laboratoriais e o tratamento deve ser sempre ser individuzalizado, estimulando alimentação saudavel e atividade fisica, mas dependendo do caso o tratamento medicamentoso pode ser necessário.

ESTEATOSE HEPÁTICA

Esteatose hepática é o acúmulo de gordura no fígado , ela pode ser dividida em doença gordurosa alcoólica do fígado (quando há abuso de bebida alcoólica) ou doença gordurosa não alcoólica do fígado, quando não existe história de ingestão de álcool significativa.

A principal causa da esteatose não alcoólica é o excesso de peso . Mais de 70 % das pessoas com esteatose hepática são obesos .

O aumento de gordura dentro dos hepatócitos, que é a célula do fígado, por tempo prolongado, pode provocar uma inflamação capaz de evoluir para quadros graves de hepatite gordurosa, cirrose hepática e até câncer.

A avaliação deve ser feita através de exames de imagem e exames de sangue que irão identificar o grau de esteatose e de inflamação do fígado.

O tratamento deve ser feito através de programas de emagrecimento, prática de atividade física e dependendo do estágio, alguns medicamentos podem ser utilizados.

HIPOTIREOIDISMO

É uma disfunção na glândula tireoide que se caracteriza pela baixa produção de hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). Pode acometer tanto homens como mulheres, de qualquer idade, mas é mais comum em mulheres.

Em adultos, a causa mais frequente é a Tireoidite de Hashimoto.

Fadiga, inchaço, sintomas de depressão, falhas de memória, cansaço excessivo, pele seca, queda de cabelo e constipação intestinal  são alguns dos sintomas .

O diagnóstico é feito com dosagens de TSH, hormônios tireodianos e anticorpos e tratamento costuma ser a reposição do hormônio T4, chamado levotiroxina.

NÓDULOS DE TIREOIDE

– Os nódulos da tireoide são lesões que surgem no tecido da tireoide . Podem ser únicos ou múltiplos nódulos espalhados pela glândula – chamado de bócio multinodular.

A presença de nódulos na glândula também aumenta com a idade, podendo chegar a até 60% dos idosos, sendo mais frequente em mulheres.

A maioria dos nódulos de tireoide são benignos e não causam nenhum sintoma. Eles podem ser identificados pelo próprio paciente, por um médico durante o exame físico de rotina ou durante um procedimento de imagem, tais como ultrassonografia da carótida ou do pescoço. A avaliação se há ou não necessidade de punção do nódulo deve ser avaliada por um endocrinologista dependendo das características dos nódulos e da história pessoal e familiar de de cada paciente.

OSTEOPOROSE

Trata-se de uma doença caracterizada por perda de massa óssea, que ocorre durante o envelhecimento, ou, mais raramente, por outras doenças , aumentando o risco de fraturas. Afeta principalmente as mulheres que estão na fase pós-menopausa.

Dores nos ossos e fraturas frequentes podem significar enfraquecimento ósseo.

Fraturas são importantes causas de mortalidade em idosos, por isso medidas de prevenção de quedas e tratamento específico e individualizado para osteoporose devem são imprescindíveis para os portadores da patologia.

REPOSIÇÃO HORMONAL

A reposição hormonal é um tratamento que pode ser iniciado em mulheres ou homens que possuem deficiências  hormonais, caso não haja contra- indicações.

A dose via de administração e o tempo de uso devem ser individualizadas e indicadas por profissionais especialistas e não deve ser usada a fins anabólicos.

SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS

A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é uma doença caracterizada pelo aumento da produção de hormônios masculinos pelos ovários nas mulheres .

Os sintomas mais comuns sao : irregularidade menstrual, aumento de pêlos e acne, queda de cabelo .

Exames laboratoriais e ultrassonografia dos ovários podem identificar as alterações e o tratamento consiste em dieta , atividade física e o uso anticoncepcionais.

DOENÇAS DA HIPÓFISE

A hipófise é glândula que está localizada no centro da cabeça. Ela é a grande maestra do sistema endócrino: controla as funções da tireóide, das adrenais,  do crescimento, do controle hídrico e o sistema das gônadas. Para tal, produz ou distribui diferentes hormônios: GH (hormônio do crescimento), prolactina, ACTH, TSH, LH, FSH, ADH e ocitocina.

Variações na produção destes podem levar a diversos problemas de saúde.

O diagnóstico dos doenças de hipófise é feito por meio de ressonância magnética e dosagem laboratorial dos hormônios por ela produzidos.

HIPERTIREOIDISMO

É o excesso de hormônios tireodianos (T3 e T4) no organismo. Pode ser causada por doença auto-imune, por produção de hormônios autônoma por um ou vários nódulos de tireóide ou pelo consumo de doses altas do hormônio

O Hipertireoidismo provoca sintomas como : nervosismo, ansiedade, irritação, tremores, palpitações, sudorese, perda de apetite e de peso; intolerância ao calor, aumento do numero de evacuações

O diagnóstico se faz com dosagens de TSH e hormônios tireoideanos. Outros exames, como anticorpos, ultrassonografia e cintilografia ajudam a descobrir a causa da doença.

O tratamento irá depender da causa e da história de cada paciente, mas pode ser feito através de medicamentos, iodo radioativo ou em alguns casos, cirurgia.

DOENÇAS DA ADRENAL

As glândulas suprarrenais ou adrenais são glândulas pequenas, componentes do sistema endócrino localizadas acima de cada rim . Cada uma delas possui cerca de 5 cm de diâmetro.

O córtex da suprarrenal é responsável por sintetizar hormônios importantes no processo metabólico, como a aldosterona e o cortisol, além de alguns hormônios sexuais como a androstenediona.

A medula da suprarrenal produz noradrenalina e adrenalina.

Entre as doenças associadas a distúrbios na produção de hormônios na glândula suprarenal estão a Doença de Addison, a Síndrome de Cushing e o Feocromocitoma.

Aumento de peso, estrias avermelhadas, pêlos excessivos, pressão alta ou baixa, puberdade precoce, além do escurecimento da pele podem significar problemas na glândula adrenal.